Era cinza e tinha no chão papeis que brincava com o vento.
Não era natural ali o vento.Vinha das engrenagens, da passagem das rodas sobre o trilho do trem...o vento e o movimento.
Natural ao trem, incomodava os papeis de bala que acabavam brincando na plataforma da estação.
Parou o vento.Estava na hora da mudança.
Outros caminhos ja haviam sido percorrido, outros percursos e todos estavam ali, a salvarem o tempo do relogio, esperando o maquinista os levarem para uma outra estação.
Acostumados as malas.Todos preocupavam -se com o que tinham acomulado.E sorriam na empatia natural do encontro ao desconhecido, mas com planejado bilhete e horario na mão.
Onde estava o maquinista?
Profissional experiente,e só.
Não importavam aos que já jaziam as malas quem era o maquinista.
O relogio ainda mostrava tempo para seus planos,planificados no bilhete.
Onde esteve o maquinista?
Nunca saiu da linha pois já fora tão longe, suspeitavam todos.
Não importava aos que sonhavam com outros lugares, outras alegrias e trazia consigo sonhos na bagagem e palpitaçoes esperançosas.
O relogio pontualmente acertou seus ponteiros com duas batitas.(tum-tum)
O bilhete já não exemplificafa o destino...
O que? O maquinista nos deixou...
Porque?
O maquinista se apaixonou...e resolveu sair das linhas ferroviarias.
Mas e os passageiros?
Tiveram que passar
E os bilhetes?
Tiveram que rasgar
E os lugares?
Bem, estes continuam lá.
Dirijam se todos para a proxima plataforma(se tiver coragem)
Mudem de linha(se tiver disposto)
Carreguem o que for seu(se tiver ombros)
e movimentem -se
Os trens sempre mudam de lugar.
E o maquinista? Casou?
Não, mudou de profissão.Já não carrega as pessoas e sonhos para o seu lugar.